sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Sobre vícios e outras coisas
Em uma novela da Globo, há muito tempo, eu ouvi um personagem - não me pergunte o nome - de Mauro Mendonça, o mesmo que está nesta novela "A Favorita", que aliás não gosto de assistir; voltando ao Mendonça, e nessa novela de séculos atrás, o personagem dizia:
- Desconfie de um homem que não tem vícios.
Ele usava essa frase para argumentar com sua mulher à época, o porquê da sua necessidade de fumar charutos. Agora me falha o nome da atriz que fazia par com Mendonça. Mas a frase nunca saiu de minha cabeça.
Ele não citava homem no sentido filosófico - no qual se incluem homens e mulheres. Referia-se aos machos, apenas. Há um provérbio escocês que diz que não se pode confiar num homem que não bebe. Vindo de onde vem, não se pode confiar muito nesse provérbio.
Vamos à origem, do latim "vitium", que significa "falha ou defeito", o vício é uma tendência habitual para certo mal, sendo oposto à virtude. Mas a quê está ligado o vício? À necessidade? Ao desejo? Ao prazer? Ou, como diria minha bisavó, à "senvergonhiça"?
Homens têm mais tendência ao vício que a mulher?
Uns usam drogas lícitas ou não. Outros traem compulsivamente, outros jogam e outros usam o computador mais do que o normal. Os homens viciados em pornografia, em futebol, em videogame, em viver morgando no sofá e, por último, esse vício eu não reclamaria - desde que fosse sempre comigo, óbvio...Homens viciados em sexo.
Quem não tem vício que atire a primeira pedra e deixe cair o cigarro, a garrafa de uísque, a seringa, o back, os laxantes, a camisinha, o mouse,o controle remoto, entre outras coisas, que nem me vêm à cabeça agora. Claro que há mulheres com vícios também, isso é mais que normal, visto que somos humanas (xiiiii....mas não contem a ninguém), mas não quero abordar isso no Sábado. Aqui é um espaço feminino. Logo, é esse o lado que verão nos meus textos.
Há outros dados interessantes sobre como homens e mulheres lidam com o vício. Segundo a mais importante pesquisa sobre consumo de drogas no país, realizada em 2001 pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas da Universidade Federal de São Paulo, pouco mais de 1 milhão de pessoas já consumiu cocaína no Brasil. Desses, 79% são homens e 22%, mulheres (deu na Folha de S.Paulo). Mas, em compensação, mulheres têm mais dificuldade de abandonar o vício do cigarro, por exemplo.
Em busca de uma estatística que pudesse comparar homens e mulheres (que não encontrei, diga-se de passagem), dos dois qual é mais suscetível, li agora há pouco no blog da Gazeta do Povo que os homens não fumantes raramente aceitam namorar uma mulher fumante. No entanto, 65% das mulheres aceitam um homem fumante. A mulher acredita que, por amor, o parceiro poderá abandonar o vício. O homem, muitas vezes, alega que corre o risco de voltar a fumar se vier a se relacionar com uma fumante. Incrível, né? A gente aceita melhor o vício do que eles...
Mas o que o personagem de Mendonça quis dizer? Estamos fadadas a homens com vícios? Se assim for, já que não há como evitar, na lista dos vícios masculinos, se tiver que escolher um, prefiro os homens viciados em sexo. Tenho dito.
Faxineira Ponto G
3 comentários:
Amiga faxineira, só vou te dizer que infelizmente, os viviados em sexo são como todos os viciados. Não há como conter o vício e se calha de transar longe da companheira, vai a que estiver à mão, a cabrita, a vaquinha, o banco da praça...rs..
24 de outubro de 2008 às 08:21"(...) mulheres têm mais dificuldade de abandonar o vício do cigarro, por exemplo. (...)"
24 de outubro de 2008 às 10:41"(...)homens não fumantes raramente aceitam namorar uma mulher fumante. No entanto, 65% das mulheres aceitam um homem fumante. (...)"
Acredito que posso responder as duas com uma única resposta: carência. A mulher se apega as coisas por carência emocional maior que os homens, não?
Adorei a foto do casal!
30 de outubro de 2008 às 05:56Postar um comentário