sexta-feira, 12 de setembro de 2008

A pílula






Sabe aquele comprimidinho, pequenininho, que nada pesa e que tem um dia certo na semana para se tomar? Então, a pílula anticoncepcional. Quem diria mas, depois do sutiã, a pílula é um instrumento de feminilidade mais moderno, mais necessário, mais enlouquecedor - que nos digam os nossos hormônios - e causador dos maiores enfartos entre mulheres (não há estatísticas do IBGE não, é pura "glestatística" mesmo). Os enfartos são ocasionados quando há aquele velho esquecimento não proposital, de tomar a bendita.

Ontem vendo Pantanal - é Pantanal, a novela que está reprisando no SBT - a princesa, personagem que se apaixona pelo personagem do Almir Sater, tinha uma cena tórrida de amor e depois era interrogada pela mãe, no quarto: "Você está tomando a pílula?". Ela não estava.

Mesmo para quem usa camisinha - que é mais seguro e recomendável - a pílula é um acessório a mais para proteção contra gravidez. Afinal, camisinhas arrebentam (não é comum, mas acontece). E a camisinha feminina, que nos garantiria a liberdade da imposição masculina (pasmem! Em pleno século 21, tem homem barbado que não usa camisinha sob o argumento de que - abre aspas - é de uma geração sem Aids - fecha aspas), voltando à camisinha feminina: é muito estranha! Parece um coador. Mas a pílula não é confiável, somos seres avuados e nem sempre lembramos de ingeri-la. Que me desculpe Odair José, mas a pílula é um produto de extrema necessidade. Controla o período menstrual, diminui o risco de ser mãe, auxilia mulheres com ovários policisticos. Mas dá um baita susto.

Esquecer de tomar a pílula é o fim para a mulher. Primeiro porque temos apenas 12 horas depois do esquecimento para lembrar de que esquemos e que devemos tomá-la. Se esquecemos, será que lembraremos? Difícil. Depois, é preciso, quando lembrado o fato, tomar duas pílulas, a do dia anterior e a do dia mesmo. Um monte de hormônios e outras cositas ingeridas de uma só vez. Haja estômago! Por fim, a gente tem que passar o resto do mês num jejum sexual para evitar que, sei lá, um espermatozóide mais afoito, drible o sistema e consiga atingir o óvulo. O único lado bom disso tudo é que a menstruação nunca será tão desejada, tanto para o homem quanto para a sua parceira. Quem diria?

Abaixo algumas dicas do médico ginecologista, Lister Macedo,sobre o uso da pílula:

1. Mulheres mais velhas: Segundo o ginecologista, a idade é um fator muito importante na hora de receitar o anticoncepcional. “As mulheres jovens são as mais indicadas para serem usuárias da pílula”, diz o dr. Lister. “Até perto dos 35 anos, salvo condições de saúde particulares, não há problemas. Já perto dos 40 anos a gente costuma indicar outros métodos contraceptivos.”

2. Mulheres fumantes: Outro fator de contra-indicação, devido ao risco de tromboembolia ser mais elevado em fumantes. “Aqui novamente a idade é fator determinante. Uma mulher fumante com mais de 35 anos não deve tomar pílula”, afirma o ginecologista.

3. Mulheres com histórico de trombose: “Não devem tomar pílula, seja em que idade for”, diz o dr. Lister.

4. Mulheres esportistas: “É um mito a história de que esportistas não devem tomar pílula. Na verdade, o remédio pode até auxiliar na regulação da menstruação destas mulheres que, por terem menos estrogênio no organismo, podem ficar com o ciclo desregulado”, diz o médico.

Para finalizar, o dr. Lister ressalta que, pelo fato de a pílula ser um hormônio, é uma escolha totalmente individual, que deve ser feita pelo médico, que conhece você, seus hábitos, seu histórico. Cada mulher tem um perfil hormonal, então uma pílula que é maravilhosa para mim pode ser um desastre para você. Confie no seu médico e faça a melhor escolha.


Faxineira .G

1 comentários:

Jô Luz disse...

Concordo com a ultima frase.
Descobri aos 17 anos que sofro de Tireóide, originando uma produção hormonal maior que normal.
Se eu tomasse a tal pílula ( mesmo só por 6 meses), poderia acarretar problemas de saúde como pressão alta, diabetes e até uma neorisma.
Portanto, vá ao médico, conte todos seu histórico familiar e só tome a pílula que for receitada!

16 de setembro de 2008 às 07:35