segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

As escolhas que fazemos


Tenho percebido em mim, há cerca de dois meses, mais precisamente, que eu Ponto G sou responsável por tudo que acontece em minha vida.


Desde as pequenas escolhas, como uma roupa a vestir, um carro a comprar, um emprego, uma viagem, até as grandes escolhas: engravidar, casar, não casar, namorar fulano ou beltrano, mudar de país, morar onde se mora, trabalhar onde se trabalha. Tudo, absolutamente tudo, é nossa escolha.


Mesmo sendo tudo nossa escolha, temos o péssimo hábito de entregar as intempéries da nossa vida em mãos alheias, ou, ao acaso. Se engravidamos dizemos que "aconteceu"; se casamos com o cara errado: "a culpa é dele, você não sabia que ele era assim ou asssado"; se não casamos: "não podia, não tinha dinheiro, tinha que cuidar da minha avó doente"; se nos mudamos de país: "era porque não tínhamos saída"; se escolhemos vermelho: "é porque não tinha outra cor".

Será que não é hora de sermos responsáveis por alguma de nossas ações? Nós escolhemos. Essa é a regra. Sempre tem outra cor, ou a opção de não comprarmos. Sempre há aquele momento entre uma coisa e outra que podemos dizer "sim" ou "não", e qualquer coisa que se diga, até quando não se diz nada, estamos escolhendo isso.
E tudo o mais é um jeito nosso de dizer ao mundo que não temos culpa. Tomar as rédeas da nossa vida e aceitar o que vier a partir de nossas escolhas não deve ser fácil. Eu mesma estou trilhando aos poucos esse novo e insólito caminho.


Era mais fácil quando criança, tirávamos tudo no unidunitê salameminguê, o escolhido foi você... era tão simples e claro! Hoje a gente vai na onde do "Deixa a vida me levar", mas na verdade até optar por deixar a vida levar é uma escolha. E depois não tem choro nem vela, quando se permite ao sabor do acaso toda a nossa existência.


Escolher não é se precipitar. Mas é ir para onde se quer, agarrar-se ao que se quer. Responsabilizar-se por isso. Podemos fazer escolhas com tudo, até mesmo com o nosso humor, a nossa felicidade. Há uma anedota que li certa vez, em que uma mulher doente, ia ser levada a um novo quarto de hospital. Ela perguntou:"Onde fica (o novo quarto)?"


Ouviu: "Na rua X, ao lado do mercado Y".


Ela: "Nossa! Adorei o lugar!"


A voz: "Como? Você ainda nem viu?"


Ela: "Nem preciso. Gostar ou não independe de ver. É uma escolha minha".


Faxineira Ponto G

4 comentários:

Marinha do Brasil disse...

esse texto me inspira...rs

6 de janeiro de 2009 às 05:54
Diana Bitten disse...

Muito bom Post!

Corretíssimo e reflexivo! Parabéns!

6 de janeiro de 2009 às 11:24
Diana Bitten disse...

Olá! Frequento seu blog e te indiquei no Prêmio Dardos!

Venha no meu e confira! Abços!

6 de janeiro de 2009 às 16:17
Jornalista Grace Melo disse...

Adorei. Logo eu, que estou deixando minhas escolhas ao sabor do tempo e do vento, ficando gorda, velha, chata, enjoando de praia, acostumando com um único colchão. Vou imprimir seu post e colocar na parede de casa. bjo

26 de janeiro de 2009 às 11:51