A personalidade resultante de alguém pode ser sim, conseqüência das relações familiares, da criação, da educação dadas pela mãe e pelo pai. Posso até ser responsável pelo o que meu filho vir a ser, mas não quero carregar nas minhas costas a culpa.
Já perceberam? Se um cara é cafajeste, trata mal uma mulher, a vítima já cai em cima da sogra. A culpa é da mãe dele que mimou demais. Num caso piorado para ilustrar melhor. Acontece de um homem matar e estuprar uma criança. É preso. O caso vai parar na mídia. A imprensa especula, chama especialistas que vão aos programas de televisão dizer: “O assassino veio de uma família desestruturada”. Ou: “O assassino não recebeu atenção da mãe quando pequeno.” E ainda: “Foi espancado pelo pai na infância”. A culpa é sempre da família. Culpa. Nunca mérito.
Aí, acontece de um homem ter caráter, ser gentil com as mulheres, o genro que toda sogra gostaria de ter. Nenhuma mulher vai lá agradecer à mãe do cara por ele ser tão maravilhoso. Um cara inteligente, que se destaca no trabalho. Acontece dele ganhar o Prêmio Nobel. A culpa é da família?! Nada. Foi esforço próprio. É um cara batalhador. Superou o obstáculo de uma infância pobre. E mesmo que este mesmo homem, no dia de receber o prêmio, pegue o microfone e diga: “Agradeço tudo que sou à minha mãe, que me criou com esforço e sacrifício”, ninguém vai estar nem aí para a pobre senhora que se emociona na platéia.
Onde estão os louros? Só existe Culpa?
Faxineira: Fá.
1 comentários:
Nunca tinha parado pra pensar nisso... sempre falam da família sobre pessoas que estão fazendo algo contra a sociedade... triste realidade...vai ver até falam a respeito, mas não interessa para quem descreve...de repente não é interesse da imprensa falar...essas coisas acontecem...culpa também dos estudiosos... eles deveriam ter destacado tbm o outro lado...enfim...
23 de maio de 2008 às 07:28Postar um comentário