domingo, 12 de abril de 2009
Homens que não acham nada e mulheres que se "acham" por causa disso
De repente você escuta: "Benhê, onde estão os meus tênis?"
E responde: "Em cima do armário, lado esquerdo, no mesmo lugar que você deixou"
Silêncio. Mas não por muito tempo, ele insiste: "Não tô achando". BINGO! Ele disse a frase.
Pausa no texto para um momento túnel do tempo: quando era criança, e morava com meus irmãos, cansava de ver minha mãe entregando tudo à mão deles (meus irmãos) e também do meu pai.
Meu pai ia ao banheiro e era minha mãe que escolhia a toalha e levava para ele. Peraí, a toalha? Eu me indignava. Era meio xiiita mesmo, afinal, não custava fazer esse favor né? Levar a toalha ao banheiro não tinha nada de mais. Mas eu achava um absurdo. Toda vez que ia tomar banho, mesmo sabendo antes que ia tomar banho, meu pai esquecia a toalha. E no fim de sua ducha, sempre pedia à minha mãe que, prontamente, levava a ele. Por vezes ela separava a roupa que ele iria usar. Escolhia tudo e deixava sobre a cama. Hoje ela não faz mais isso, os tempos mudam. O episódio da toalha, lembrou-me uma amiga que, toda vez que o marido ia tomar banho, ela sumia por três quarteirões, para fugir do grito: "Amor, traz a toalha?" Ela preferia ele pingando a casa inteira.
Talvez por isso - excessivo cuidado feminino-, preguiça mesmo ou sei lá, coisa de cérebro masculino, não vejo os homens encontrando as coisas com facilidade. Costumo dizer que homens não acham nada.
Nem suas próprias coisas. Fico pensando como homens solteiros sobrevivem? Deve ser que na própria bagunça, acha-se.
Por eles não acharem nada, elas se acham. Mulheres têm mania de organização, reconheço. Temos que organizar tudo com etiquetas, praticamente. Livros com livros, tênis com tênis, cds com cds e e por aí vai. E temos a mania de achar que estamos "organizando" a vida do nosso homem. Reconheço também. Somos dominadoras das coisas deles.
Mas é incrível que eles não encontrem nada. E mulher também, nossa mea culpa, gosta de sentir-se necessária. Tem mulher que tem orgulho de dizer: "meu marido não acha nada sem mim". Eu prefiro um pouco mais de independência, ou morte!
Enfim, ainda sobre a dependência masculina e o baita orgulho que isso dá, sábado no meu dia de faxina em mim mesma, no salão, ouvi o seguinte comentário da cabeleireira: "quando deixo meu namorado sozinho, ele não morre, mas respira com ajuda de aparelhos".
Faxineira Ponto G
1 comentários:
Mais uma vez adorei o post, mas realmente AMEI a frase "quando deixo meu namorado sozinho, ele não morre, mas respira com ajuda de aparelhos".
21 de abril de 2009 às 10:32Ahauahuah Mulheres se acham mesmo! rsrs
Postar um comentário