segunda-feira, 29 de junho de 2009

O fim do "até que a morte os separe"


Os românticos provavelmente vão me odiar por falar isto, mas a minha teoria é a seguinte: daqui para frente, não digo que não vão existir, mas serão raríssimos os casamentos (uniões estáveis, ajuntamento, amancebamento ou o que quer que você queira chamar duas pessoas que moram juntas e transam entre si) que durem mais de 20 anos. O "felizes para sempre" ou o "até que a morte os separe" serão só frases de praxe, para cumprir um ritual, mas não uma previsão de destino como acreditou minha mãe, minha avó, minha tataravó...

E digo mais: os que durarem, vão ser por insistência, paciência e jogo de cintura da parte feminina do casal. Os homens tendem a levar um relacionamento por ser conveniente. as mulheres estão aprendendo que não precisam aturar isto, não. Antes, manter um casamento que não funcionava tinha uma função para a muklher, que saía da casa dos pais para a casa do marido, sem ter como se sustentar e com o risco de ser apedrejada na rua caso desistisse do casamento.
Sem este compromisso com a sobrevivencia (vamos muito bem como profissionais, muitas vezes ganhamos mais que nossos parceiros, não dependemos mais deles para nos sustentar) e este compromisso social (podemos agora aos 30, 40, 50, 50, 70 anos sair com as amigas e tomar uma cerveja no boteco sem sermos apontadas como contraventoras), para quê vamos manter uma união em que eu não me sinta segura ou amada ou cuidada?
Eu nunca vivi com ninguém. Baseio minha teoria só na observação.
Mas isto não quer dizer o fim do amor, ou que o ser humano está destinado a viver só. Não! É só que a individualidade e a independência, principalmente das mulheres, não deixam que nos submetamos mais ao que não precisamos aguentar. Muitas vezes, a vida prática supera o amor. Viver o dia-a-dia, com todos os seus pequenos desgastes, não é fácil.
Vou citar um caso engraçado. Marido e mulher, com os filhos já adolescentes, com uma relação já desgastada, se separam. Passa um tempo, a filha adolescente descobre que a mãe está namorando. E namorando escondido, com direito a saídas furtivas e comportamento estranho. Aí, a filha descobre e vai conversar com a mãe:
- Mãe, a senhora está namorando escondido com MEU pai?!
- É, minha filha - diz envergonhada a mãe - nós descobrimos que somos melhor como namorados que como marido e mulher.
Como já dizia Rita Lee sobre casamento: Casas separadas, banheiros separados!


Faxineira Fá


P.S: De volta à ativa!

1 comentários:

Marinha do Brasil disse...

Meu Deus!!! eu quero casar...kkkkkk

5 de julho de 2009 às 09:19