terça-feira, 26 de maio de 2009

O dia em que fui furada por duas mulheres

Por baixo, faz uns dez anos que eu não mostrava meu bumbum a uma agulha de injeção. Nada é para sempre e, uma viagem que fiz aos EUA, acabou com esse meu jejum.

Espero ter saco, fôlego e tempo para contar os pormenores desta viagem, por isso, "começo do começo".

Fui escalada para ir aos States exatamente no período em que a gripe suína estava assustando a todos pelo mundo. Ok, não sei se propriamente todos pelo mundo, mas aqui no Brasil todos estavam alarmados com a nova influenza A e com o destaque que esse assunto tinha na mídia. Casos suspeitos se espalhavam e até onde moramos, no Tocantins, foram constatados dois casos supeitos de pessoas que haviam mantido contato com moradores de Miami. E mais dois sob observação, mas nada foi comprovado.

Eu estava com uma gripe de lascar. Espirrando com qualquer ventinho e tossindo mais que cachorro magro. O meu medo não era a gripe suína. Eu estava levando os vírus da minha gripe - convencional - para os EUA. E estava morrendo de medo de tossir e ser logo capturada no aeroporto como uma doente gripada em potencial. Lembra daquele personagem gordinho do filme Monstros S.A? Que ele sai do armário com o uma meia e todos gritam: "temos uma contaminação!!!!" Era esse meu temor. A MK até brincou: "Cuidado para não fazer oínc quando espirrar".

Gripada até a alma, fui ao médico para conseguir diminuir ao máximo minha penúria. E ele, sem pestanejar disse: "A solução para você, temporária, é uma injeção". Peguei a receita e me dirigi até uma farmácia, próxima à minha casa, na véspera de minha viagem. Lá chegando a atendente sorriu quando pegou a receita. Ela parecia feliz com a ideia de enfiar uma agulha no meu lânguido bumbum. Mal sabia eu que não era nada disso. Ela sorria porque as farmacêuticas eram recém-formadas e pouca prática tinham em aplicar injeções.

Quando soube, pensei em desistir, confesso. Era tarde. Viagem no dia seguinte, gripe A bombando na mídia e eu quase não estava tossindo - só quando respirava. A sala era pequena, mal cabia uma pessoa: mas lá estávamos eu, a minha bunda e mais duas farmcêuticas recém-formadas. Uma e pediu que baixasse as calças e relaxasse. Hahahahaha. Parece piada.

essa não é a minha bunda é bunda melancia


Tentei uma posição mais confortável, com uma das pernas escoradas na cadeira. Senti-me uma virgem em busca da posição ideal para a primeira vez. Desci a calça por 1/3, nem muito exposta, nem muito escondida - ali estava minha nádega direita, tímida diante de duas mulheres e uma agulha. Mas, passados os fatídicos minutos, até que foi rápido?!?

Não senti nada, as duas mocinhas mandaram bem, viajei de máscara, mas com a tosse reduzida. No próximo post conto como os americanos estão lidando com a gripe suína - ou influenza A (como queiram).

Faxineira ponto G

1 comentários:

Criska disse...

Até que vc foi forte.
Ontem eu tirei sangue para check-up médico. Sete tubinhos do meu precioso vermelhinho, nem desmaiei. Mas, a coletora me contou que o tanto de gente que desmaia, homem que corre e criança que chora não cabe na história.

29 de maio de 2009 às 04:37