sexta-feira, 11 de julho de 2008

Como terminar um relacionamento



Lendo os posts de Ferreira Neto e Kassandra decidi também eu comentar sobre como dou cabo a uma relação.

Primeiro, tive poucos relacionamentos - que possam ter esse nome. Em todos eles, na maioria das vezes, eu terminei. Num dos meus primeiros, o cara mais velho ficou com outra mulher em uma festa, depois de uma briga. Foi hilário! Eu não precisava de motivo mais forte. Voltei para casa, não liguei mais (estava subentendido: babaca! Não me ligue mais...). Porém eis que um dia de verão, o meu telefone toca e não era mensagem de feliz natal.

Ele diz: "Precisamos conversar" - frase tipicamente usada quando alguém quer terminar com outro; mas não era o caso. Eu: "Não há o que conversar". E ponto. Desliguei. Não havia o que dizer, contra fatos não há argumentos. O melhor quando você vai dar um basta é deixar que ele saiba que você sabe, que o sábio sabia que o sabiá sabia assoviar... Em suma: se ele "traiu" você, em caso de querer terminar, deixe que ele saiba. Isso dá à mulher um certo poder. O poder de ele ter que conviver com isso, de pôr em dúvida o seu caráter "ilibado". O poder de chamá-lo de canalha em todas as rodas femininas. Um cara que trai vira arroz de festa na boca das mulheres, é quase que como um cara ruim de cama. As notícias correm.

E, homens, por mais que vocês digam que isso não os incomoda, isso "queima" vocês diante dos olhares femininos. Nesses casos, quando o homem "pego no flagra" passar na rua será acompanhado de olhares de reprovação de mulheres de 15 a 95 anos. "Tsc tsc", cochichariam elas. Se bem que, para alguns, a má fama proporcionaria bons casos. Mulher adora pegar canalha e meter-lhe bons pares de chifres, coisas de ir à forra que antes era apenas resguardadas aos cuecas.

Outra boa maneira de terminar é também traindo o homem. Mas isso poucas mulheres fazem. Ainda somos muito ligadas à criação judaico-cristã que recebemos em nossa família. O engraçado é que alguns homens, em caso de traição feminina, recusam-se em "abandonar o osso". Deve ser algo ligado a admitir, quando eles aceitam o fim do relacionamento nesses casos, que ele falhou como namorado. Vai entender?!?

Se essas duas opções falharem, o bom mesmo é dizer a verdade. "Olha camarada, não quero mais você. Não te trai, não quero saber se você me traiu, mas não te quero mais". Isso dói muito fundo no orgulho masculino. Não há motivo: você perdeu a graça. Creio ser pior que arrumar outro. O ruim dessa decisão é ter que aguentar o cara no seu pé por meses, ligando, como se sua decisão pudesse ser mudada ou que ele ganharia sex appel em meses.

Houve uma vez que um dos meus namorados terminou comigo. E ele o fez para que a situação se invertesse. Explico: depois de muitas atitudes estranhas da parte dele, de encontrar objetos diferentes em suas coisas pessoais, de saídas inexplicadas em horários estranhos, houve uma ligação no celular que eu retornei. Detalhe: celular dele. Em seguida, questionei a ligação a ele. Com quatro pedras na mão, ele terminou comigo. Fiquem atentos aos argumentos por ele usados, "você mexeu na minha privacidade"; "você é louca" - esse aqui é o pior, homem que o usa, dificilmente não tem culpa no cartório; "você não confia em mim". Pra mim, esse cara usou as melhores técnicas. Me traiu e ainda terminou comigo sob acusação de eu ser uma mexericona nas coisas alheias. Nota 10 para ele!

Eu também uso uma tática. Vou perdendo a pessoa dia a dia dentro de mim. Até que não sobre mais nada e então eu diga: acabou. Não quero mais. Não pelo outro, mas por mim mesma.

Faxineira: .G

1 comentários:

MarceloF disse...

Acho que você tem tido a infelicidade de se relacionar com pessoas despreparadas emocionalmente para ter um relacionamento de alto nível. Posso te assegurar que existem homens capazes de respeitar uma mulher em todas as fases de um relacionamento, inclusive no final, conversando de forma sincera e justa, colocando a verdade acima de tudo. Tenho certeza de que as mulheres não são todas iguais, assim como os homens não o são, de modo que é apenas uma questão de nos relacionarmos com pessoas com maturidade intelectual e emocional semelhantes à nossa.

21 de outubro de 2008 às 09:18