Brinquedos

Putz. Descobri que preciso de uma caixa de metal. Forte. Com cadeado. Urgente!!!

Faxineira Fá

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A flor do pequi, a kiboa e o esperma

É tempo de seca no cerrado. Neste período, em que nossos narizes secam a ponto de sangrar e cujos ventos chegam a 60 Km por hora, a natureza entra no período de florada dos frutos típicos: pequi, puçá, mangaba.

Cada uma dessas plantas tem um cheiro específico, um sabor inigualável, assim como sua florada. A do pequi tem um cheiro particularmente curioso. As flores são amarelas e se desgrudam a qualquer vento para longe do caule. Neste desgrudar, soltam uma nódua e deixam no ar um cheiro de...esperma. Isso mesmo!






Na verdade, na primeira vez que senti achei que cheirava como água sanitária (ou kiboa, como preferirem). Associo o cheiro da kiboa ao esperma: mulheres, puxem na memória. Mas o cheiro da flor do pequi é lembra muito mais os fluidos masculinos que a água sanitária, que aqui fica em segundo lugar no hanking das semelhanças.

Tenho um pé de pequi em casa e nossa convivência é harmoniosa, porém, em época de florada não é fácil o cheiro de, com perdão da palavra, P$%#@@ no ar... à noite é ainda pior, já que a temperatura cai - um pouco - e o orvalho faz o cheiro se intensificar.

Cortar árvores nativas é crime. Não concordo com isso e não me apetece em nada também, mas ficar com esse cheiro, ninguém merece. Ainda bem que em breve terei pequi de sobra!

Faxineira Ponto G
(que acha que cheiro de kiboa só cai bem em roupas de molho; e de esperma, você sabe onde)

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O amor gay


Depois de uma viagem que fiz pelo Nordeste e cujo maior trecho estive acompanhada de um casal gay - dois homens - fiquei impressionada com o afeto e o carinho de como outras formas de amar podem ser.

Os gays também amam. E se amam muito mais, às vezes, de que muitos casais heteros.

Encontrei-os por acaso, quando havia desistido de encontrar alguém. Na verdade, vi o primeiro deles na piscina do hotel e achei um gato! "Ui!", pensei. Em seguida, chega o outro, mais masculinizado, de barba feita, e começaram a tomar banho os dois. Pelo movimento, pelo comportamento, logo percebi que, realmente, não teria a menor chance. "Ai".

Eles riam muito, estavam próximos mas não se beijavam. Com algo tipicamente da alma masculina, via que os dois competiam em tudo: quem dava o maior salto na piscina, aquele que ficava mais tempo sem respirar e até quem chegava primeiro à outra borda, de nado craw.

Gays divertem-se juntos como dois meninos na época da escola. Achei engraçado. Só no dia seguinte tive contato com eles, e pude dizer que sabia que o sabiá sabia assobiar. Deixei claro que já tinha sacado tudo e os dois ficaram mais à vontade.

Desse meu contato próximo com um casal, assim, pouco convencional para nossa sociedade machista, pude perceber que os gays também amam, e com muito romantismo.


Eles se tratavam de "amor", faziam carinhos e se presenteavam. Um dos dois ainda não revelou à família que é gay e disse que já se relacionou com mulheres; me disse que é mais romântico com um homem, e que no sexo com mulheres sentia falta do pênis, mesmo.


Ou seja, homem que gosta de homem, sempre gostará dele. E o fato de gostar de homem não quer dizer que ele não seja amável, dócil. Nem todos os homens precisam ser grossos com os homens. Eu tinha uma visão de que namoro gay é bruto, até influenciada pela mídia, como o filme Brokeback Mountain, mas isso não é sempre. E ter essas outras visões ajudam a minimizar o preconceito.


Faxineira Ponto G

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