Com que xampu eu vou....

Se agente comprasse xampu só pelo rótulo seria mesmo uma tarefa dificílima. É que são tantas funções e tantas promessas que fica até difícil escolher uma só.


Eu, por exemplo, para o meu tipo de cabelo, teria que levar pelo menos uns 4: um pra cacheado, outro pra ressecado, quimicamente tratado e anti frizz.Acabo, então, é sempre ficando de olho na dica das amigas ou vou testando e já tenho a minha lista de favoritos.

Passeando por alguns sites de especialistas na web encontrei essas dicas bem práticas para ajudar a descobrir onde o nosso cabelo encaixa:
  • Cabelo normal é aquele que tem brilho, movimento e boa elasticidade.
  •  Cabelo oleoso é aquele que, se ficar um dia sem lavar, fica grudado na cabeça e com aparência gordurosa. Cuidado: é normal seu cabelo ficar oleoso após alguns dias sem lavar. Não vá confundir as coisas!
  •  Cabelo seco é aquele que, por ação natural (sol, praia, piscina) ou por ações mecânicas (secador, prancha), perdeu seu brilho e movimento.
  •  Cabelo ressecado é aquele que sofreu agressões externas, seja por químicas em excesso, seja pela junção de vários fatores (alisamento prancha piscina…), mas ainda não está danificado.
  •  Cabelo danificado é aquele que, depois de sofrer vários tipos de agressões por determinado tempo, começa a quebrar, perder a elasticidade, não tem mais brilho, tem pontas duplas e não tem mais movimento.

 É lógico que podem haver misturas como raiz oleosa e ponta secas ou raiz normal e pontas danificadas. O importante é saber o que usar e ficar de olho nestes detalhes também:
  • Em casos de problemas mais graves com o cabelo tipo queda excessiva, micose, etc. O xampu é como remédio, somente será receitado por um profissional após o exame dos fios e do couro cabeludo.
  • O aparecimento de ardência, irritação, coceira, vermelhidão ou feridas após o uso de determinado xampu sinaliza a inadequação do mesmo.
  • O PH do couro cabeludo está entre 3.8 e 5.6 e o PH ideal para um xampu de uso diário está entre 5 e 7. 
  • Se o PH for maior que 7, as cutículas se abrirão mais. É o caso dos xampus anti-resíduos, que eliminam em maior profundidade os corpos oleosos, restos de queratina, poeiras e cosméticos depositados sobre a haste capilar.
  • No caso de cabelos danificados ou quimicamente tratados, o PH do xampu deverá ser ácido. 
E para tratar vão aqui as dicas finais:

FALTA DE BRILHO
Segundo o dermatologista Valcenir Bedin, você pode combater o problema usando xampu antirresíduo uma vez a cada quinze dias.
Procure no rótulo por: Ceramidas, Queratina, Silicone, Vitaminas.

RESSECAMENTO
Evitar esse vilão do cabelo bonito é fácil: basta escolher um produto que hidrate e reduza a perda de água.
Procure no rótulo por: Aloe vera, Ceramidas, Colágeno, Lanolina, Manteiga de Karité, Pantenol, Queratina.

OLEOSIDADE
Os xampus modernos usam substâncias naturais como ativos adstringentes para controlar a gordura. 
Procure no rótulo por: Alecrim, Algas marinhas, Argila, Arnica, Extrato de limão, Hortelã, Jaborandi, Menta.

FRIZZ
Um bom produto deve conter ingredientes que domam o volume e eliminam a eletricidade. 
Procure no rótulo por: Aloe Vera, Lanolina, Manteiga de karité.

QUEDA
A queda de cabelos significa que algo não vai bem, por isso, é necessário descobrir o motivo. O xampu ajuda no tratamento, limpando o couro cabeludo. 
Procure no rótulo por: Argila, Jaborandi, Jojoba, Melaleuca.

FIOS QUEBRADIÇOS
Para combater o aspecto de palha do cabelo quebradiço, use regularmente um xampu que favoreça o fortalecimento e a reparação dos fios. 
Procure no rótulo por: Manteiga de karité, Pantenol, Proteínas (há vários tipos no mercado), Queratina.

Fique sempre atenta ao rótulo do produto na hora de comprá-lo!

Outra dica super bem vinda é essa do vídeo da Paola Gavazzi. Assiste aí que eu garanto que na próxima vez que você for comprar xampu você vai olhar pra eles com outros olhos.






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Há vagas

**Artigo meu publicado no Jornal do Tocantins (www.jornaldotocantins.com.br)

Disponível. Essa palavra é tão usada hoje. No celular a gente pergunta: “Alô, pode falar? Está disponível?” No chat, MSN ou gtalk um “indisponível” pode frear uma possível conversa.

No mercado, perguntamos se pode pegar o carrinho ou se o caixa está livre. E, assim, na vida: “fulano está disponível”, como se a pessoa fosse uma vaga no estacionamento: basta chegar e colocar o carro. A vaga está “vaga”.

É assim mesmo que temos visto os relacionamentos – ou na falta deles - e nas pessoas: o vazio. Como espaços a serem preenchidos. Outro dia, ouvi um consultor de Recursos Humanos dando dicas práticas para se conseguir um parceiro ou uma parceira, possivelmente, as mesmas instruções que ele dá a uma empresa que quer contratar um funcionário. Segundo ele, o primeiro passo é saber se a empresa realmente precisa daquele serviço. Ai, novamente, a disponibilidade. No caso de um amor, o especialista recomenda a mesma tática, deve-se perguntar a si mesmo: preciso mesmo de um?

Em caso de resposta afirmativa, seguem-se as outras exigências de praxe - currículo, histórico familiar, gostos e por ai vai. Achei bem interessante olhar o amor assim, com certa racionalidade - com divisões e subdivisões do que é para casar, para namorar, para ficar – são vagas mesmo, que vão se estabelecendo e sendo preenchidas conforme a necessidade do cliente.

Não sei se isso é bom ou ruim, apenas é. E todas essas exigências de mercado: altura, peso, bom nível econômico e social, bom humor, leveza de espírito, tipo sanguíneo compatível, parentes, mesma cidade, mesma crença, mesmo signo e uma lista que não tem mais fim, deixam a gente um pouco confusa. O que levar para casa, quando as opções são muitas?

Essas exigências nos fazem pensar duas vezes antes de encarar um relacionamento. É muita renúncia, aceitação, muita coisa a fazer e algumas cobranças - nem sempre estamos prontos. Mesmo assim, continuamos reclamando e querendo.

Pausa para outra visão. Se Regina Navarro, sexóloga, lesse metade do que escrevi, certamente iria me corrigir. Diria algo como disse em “A cama na varanda”: que estamos numa transição, que em as novas gerações vão lidar melhor com isso, já que foram muitas mudanças em pouco tempo. Ambos – masculino e feminino – estão confusos. Os papeis sociais estão em cheque e a exclusividade não é a chave da alegria. Podemos, por exemplo, escolher uma pessoa para cada fase da vida – aproveitando as características positivas de cada parceiro.

É um ponto de vista interessante, de uma especialista respeitada e que estuda os relacionamentos há anos. Mas se é assim, por que há tantas vagas a serem preenchidas? E por que estão todos em busca desse preenchimento?

Ela diria isso é cultural. Pois bem, chegamos ao cerne. É perceptível que o olhar mudou e essa transformação tem mesmo a ver com o mundo atual, rápido, cheio de opções e informações. Mas acontece que pessoas não são mercadorias. Não dá para pôr tudo no mesmo carrinho, apesar de que, na atual conjuntura social, muita coisa pareça ser comprável, diluível e descartável. Os copos de plástico são; assim como os absorventes e as seringas. E é bem saudável e higiênico que sejam assim, mas quanto às pessoas, há controvérsias.

Construir relações duradouras, e não falo apenas de relacionamentos amorosos, é muito mais complicado hoje em dia. A instantaneidade nos trouxe muitos benefícios, mas nos causou uma ansiedade e também certo isolamento. Temos preguiça enorme de sair desse conforto – TV a cabo, controle remoto, computador, sofá, geladeira, alimentos pré-cozidos.

E ainda é na rua que as relações se estabelecem: na feira, no trânsito, no trabalho, na academia, perto das gôndolas do supermercado ou, inclusive, no estacionamento. Até perguntar se vai liberar a vaga já é uma maneira de se dizer: “Oi, olhe para mim, estou disponível”.

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