Rótulos, porque tê-los e como entendê-los

Não sei quanto aos homens (acho que tenho que voltar a me aproximar mais dos meus amigos do sexo masculino, porque ando mesmo com uma dificuldade enorme em entendê-los ultimamente), mas as mulheres precisam de rótulos. Algumas podem dizer que isto é ruim, démodé, clichê, que definir alguma situação ou relacionamento é se fechar para outras possibilidades. Mas precisamos dos rótulos. Para saber quantas calorias têm, se contém glúten, se está dentro do prazo de validade ou como temos que nos portar.

"Ao ler os rótulos dos alimentos empacotados, você vai poder fazer uma escolha bem informada dos alimentos que compra." (Procon)

Não seria o mesmo para os rótulos que colocamos nas pessoas? Não precisamos dos rótulos para entender nossas escolhas e nos sentir seguras?

Por exemplo, nas opções sexuais. Hetero, gay, bi... tem mais um monte de rótulos aqui, que às vezes complicam, mas a gente sabe que, se fulano é gay, não preciso mesmo ir lá dar-lhe uma cantada, porque vou me frustrar. Mas, veja, não estou colocando aqui um rótulo como um preconceito. Rótulo é para nos informar. Posso não cantar um gay, mas ele pode sim ser um grande amigo. Só sei que não vai ter sexo.

Nas relações com as pessoas, os rótulos são: Família, colegas de trabalho, colegas da academia, da faculdade, etc, amigos, amigos coloridos, namorados, namoridos, PA’s, amantes. Com certeza tem mais rótulos por aqui. Mas o que quero mostrar não é a quantidade de rótulos, mas a necessidade deles.

Entendem? É assim que sabemos como nos portar e o que podemos cobrar de cada relação. Uma esposa sabe que pode cobrar a presença do marido no batizado do filho da sua melhor amiga. Uma amante sabe que isto é impossível. E isto são rótulos.

Precisamos saber o rótulo que nos cabe para poder não dar vexame numa festa, na rua, numa reunião de família. É por isto que perguntamos para os homens: Estamos namorando? Ou: o que está acontecendo entre a gente, afinal?

Saber o rótulo nos ajuda a entender as relações.

Faxineira: Fá

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Faxina feita... marca outro dia na folhinha


Hoje é 16 de junho... e a sensação da segunda-feira é diferente.Vencemos a semana dificil... semana pesada a passada. Pesada no trabalho, pesada nas datas, aff!!!

Vencemos o dia dos namorados e o Santo Antônio! Datas que parecem que foram feitas para lembrar, principalmente, às mulheres que elas estão solteiras.... que não deviam estar... será?

Não importa se vc está sozinha ou acompanhada. Sabemos disso mas, nestas datas sempre vem aquela pulguinha te fazer pensar no assunto. Vi muitas amigas preocupadas com o presente, outras desistindo de se importar com a solteirice ou mesmo fingindo não estar nem aí.... Eu mesma me peguei esperando uma mensagem.. um telefone... Ah! mas se ele não tivesse falado comigo.... ai ai.

Enfim... as temidas datas passaram. Agora só ano que vem. De agora em diante as datas são mais festivas... animadas, infantis....

Comemoremos o dia da amizade no próximo 20 de julho. Preocupemo-nos com os aniversários dos amigos, dos amores.... Vamos beber quentão e dançar forró, que ainda tem dois santos por aí...

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Estado Zen





Ao contrário do sábado, o domingo não deveria ter agito, tarefas, ansiedade. Deveria ser um poço de tranquilidade, que nos restaurasse a paz e o equilíbrio interior antes de recomeçarmos a semana. Seria o dia da faxina mental, de olharmos para dentro.

Domingo deveria começar lento. É o dia que podemos acordar tarde ou no nosso próprio ritmo. É o dia que podemos tomar café e sentir o gosto do queijo, do pão, do leite. Sentir o cheiro do chá, do café sem pensar em mais nada que não fosse os sentidos.

É o dia de admirar o sol, quando há sol e sentir a chuva, quando esta cai do céu. Domingo é dia para ouvir jazz, bossa nova, new age. De passear no parque, brincar com o cachorro, tomar banho de mangueira com seu filho pequeno. É dia de pintar quadros e escrever poesia.

Faxineira: Fá

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Tic tac






(Respira) Sete horas, acordar. (expira) 7h15 pegar jornal (inspira), 7h30 ler o jornal enquanto está sentada no vaso sanitário (pára!) - se lembra que viu há pouco, que ler enquanto defeca provoca, a longo prazo, o aparecimento de hemorróidas.

(Respira) 7h45 Escolher a roupa legal, sair de casa. (Expira)Telefone de casa toca...é engano.(respira) Celular toca: é problema. (expira) Atende. (respira) Dar comida ao cachorro, pegar as chaves do carro ou o cartão do coletivo.

Sai.

Meio-dia, volta para casa. Almoçou antes no restaurante? Nem sei. Pediu marmitex, fez um guisado de última hora. Quem sabe? Corre! Já são 14h. Tem que voltar.

É noite. Esqueceu-se de alguma coisa? O que era? Fez tudo certo. Chaves estão no bolso. A agenda do dia foi cumprida. Olha no relógio e passam das oito da noite. É tempo que corre.

Pensa: "quem inventou o relógio". Maldito seja. O tempo é cíclico ou linear? Lembra-se de uma aula de Semiótica.

Linear, conclui. “Caminhamos para a morte”, diz, sentencialmente, a si mesma. Ela sabe disso. Quem lê agora também sabe, “mas fingimos que é cíclico”, pensa.

Alguém já disse isso, agora penso eu. Inventamos um relógio cujo tempo se repete, é ela quem pensa. Um calendário onde há quatro segundas-feiras, quatro domingos. "Esse fim de semana acabou, mas semana que vem tem mais", pensa ela e todos os outros. Nunca um domingo será como o outro, cada domingo é único - alguém também já disse isso. Não importa.

Celular toca. Pausa. Atende ou não? Privado. Deixa tocar. "Quem seria?". Dormiria sem saber. Podia ter atendido. Pra quê? "Quem inventou o celular?" (Agora diz baixinho). Quem inventou a pressa?


Mas há algo errado. Falta alguma coisa. Ela olha... Não se lembra. Tanta coisa, tanta coisa, tanta coisa para lembrar: conta de telefone, água, luz, esmalte velho na unha. Cabelo sem escovar. Dia dos namorados. Aniversário da mãe. Uma anotação que ficou sobre a mesa... A mente não capta mais. Está lá. O que seria? O dia chegando ao fim, um ritmo no peito que acompanha todo o resto do corpo. O que ela esquece?


_O que é?

É noite. Não dorme.


(Expira) Lembrou. Agora é tarde. Já era.


Faxineira: .G

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